Prefeitura de Santa Luzia aguarda finalização de vistorias e laudos técnicos para  possível decretação de situação de emergência

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Prefeitura de Santa Luzia aguarda finalização de vistorias e laudos técnicos para  possível decretação de situação de emergência

Em reunião extraordinária realizada na tarde do sábado (25), que contou com a presença de todo o secretariado, da procuradoria municipal e dos comandos da Defesa Civil e da Guarda Civil Municipal, o prefeito de Santa Luzia, delegado Christiano Xavier, ladeado pelo vice, Pastor Sérgio, declarou que por ora está afastada a decretação da situação de emergência no município – possibilidade que até então estava em estudo em razão das fortes chuvas que assolaram a região, causando muitos danos na cidade.

Com a soma das águas provenientes da cabeceira e de seus afluentes, o Rio das Velhas, que corta a sede do município, subiu mais de 7 metros em determinados pontos e transbordou, inundando vários estabelecimentos da Rua do Comércio e causando a interdição temporária das duas pontes que unem a Parte Baixa e a Parte Alta da cidade, a Ponte Velha e a Ponte Nova.

A Ponte Nova, na tarde do sábado já havia tido uma de suas pistas liberadas para o trânsito, no esquema pare-siga, mas ao sair da ponte o motorista somente poderia ir para o sentido sede. No sentido oposto, em direção à BR-381, o trânsito na Av. Beira-Rio seguia interditado devido ao alagamento, buracos abertos no asfalto e à queda de 8 postes e cerca de 50 árvores no trecho compreendido entre a ponte e o Trevo do Vésper. A limpeza do local não estava autorizada pela Prefeitura enquanto a CEMIG não desligasse a energia elétrica do local.

Já a Ponte Velha seguia interditada para o trânsito em ambos os sentidos mas com a travessia de pedestres já liberada. Os trabalhos de limpeza já haviam sido iniciados, porém a liberação para o trânsito deverá aguardar uma avaliação técnica da estrutura da ponte a ser feita assim que possível pelos engenheiros da secretaria de Obras. A liberação completa é esperada para a tarde da segunda-feira. As equipes da Prefeitura também estão intensificando a limpeza da Rua do Comércio para devolvê-la ao trânsito.

Apesar dos danos causados pelas águas no município, sobretudo na forma de deslizamentos de terra (cerca de 30), rompimento de taludes e encostas, abertura de buracos e crateras no pavimento – além da invasão de residências e estabelecimentos comerciais, não houve qualquer caso de morte registrado. Cerca de 200 chamados foram atendidos pela Defesa Civil de 4ª feira até o sábado, mas apenas uma pessoa (no bairro Pantanal) teve ferimentos – e foi removida de helicóptero pelos bombeiros para Belo Horizonte.

O trabalho de limpeza e desassoreamento de córregos que vinha sendo realizado por todo  município mostrou-se eficaz para evitar maiores prejuízos. Embora o número final ainda esteja em apuração, o cálculo do Executivo é de que as inundações tenham desalojado cerca de 150 pessoas, sobretudo dos bairros Pantanal, Morada do Rio, Córrego Frio, Pinhões, Vila Olga e Vila Íris. As famílias afetadas estão recebendo doações provenientes de particulares e foram provisoriamente alojadas em escolas e na igreja do Pantanal.

O Hospital Municipal Madalena Parillo Calixto teve infiltração no teto e por esta razão duas enfermarias foram interditadas, o que resultou na perda temporária de 12 dos 40 leitos do hospital – para onde foi deslocada provisoriamente a base Sede do  SAMU. A partir de segunda-feira, equipes de agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias estarão fazendo uma busca ativa por pessoas que tenham entrado em contato com as águas poluídas. O intuito é encaminhá-las para que sejam vacinadas contra tétano e hepatites.

As Unidades Básicas de Saúde não foram atingidas, com exceção de duas cuja reabertura na segunda-feira ainda é duvidosa: a do bairro Via Colégio e a do Alto São Cosme. Os atendimentos destas duas UBSs estão sendo encaminhados, respectivamente, para as unidades Virgem dos Pobres e São Cosme. Enquanto as pontes não estiverem completamente operacionais, a UBS de São Benedito estará preparada para lidar com um volume maior  de atendimentos.

O fato de estarmos em período de férias escolares foi significativo para evitar maiores problemas nas escolas. Alguns danos estruturais foram registrados em 3 delas: E.M. Maria José de Brito Carvalho, no São Cosme; E.M. Maria da Glória de Castro Veado, no Cristina B e E.M. Jacinta Enéas Orzil, no Cristina C. Nas demais, apenas casos de queda de muros, infiltrações leves e danos ao sistema elétrico, mas nada que impeça a retomada das aulas normalmente na segunda-feira.

Na área dos Esportes, cinco dos 25 campos de futebol do município foram inundados: Ponte Preta, Expresso, Campinense, Aimor e Bangu. Os danos foram sobretudo aos gramados, vestiários e sistema elétrico. Também foram contabilizados prejuízos em duas quadras, sobretudo nos telhados: as dos bairros Cristina e Palmital.

Não houve danos ao patrimônio histórico e cultural luziense. O Portal São Benedito, que havia sido parcialmente interditado ao trânsito devido a um deslizamento de terra, já foi reaberto (com a ajuda da Prefeitura de Belo Horizonte) e a expectativa é de que o pior já tenha passado, pois não se esperam mais chuvas tão fortes quanto as das últimas 72 horas.

Segundo as autoridades climáticas, esta foi a pior precipitação dos últimos 110 anos. “Mas graças à reunião prévia entre comandantes das Defesas Civis de 13 cidades da região metropolitana, realizada esta semana na Cidade Administrativa Tancredo Neves, danos maiores puderam ser evitados”, disse o comandante geral da Defesa Civil de Santa Luzia, Abner Dutra de Morais.

“A Prefeitura estuda a possibilidade de isentar do pagamento do IPTU 2020 os proprietários de imóveis localizados nos locais mais atingidos”, disse o prefeito, delegado Christiano Xavier.

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